ChatGPT: conheça a IA que tem assombrado os programadores

O ChatGPT está se tornando uma das tecnologias mais disruptivas já criadas. Lançado pela OpenAi, trata-se de uma Inteligência Artificial generativa em forma de bate-papo, ou seja, ela constrói conteúdos longos e coerentes como um ser humano faria, mas em questão de segundos. 

Porém, como toda IA, a tecnologia pode gerar informações falsas, segundo a própria empresa. "Embora tenhamos salvaguardas em vigor, o sistema pode ocasionalmente gerar informações incorretas ou enganosas e produzir conteúdo ofensivo ou tendencioso", alerta a descrição do site.

Segundo o CTO da ZBRA, Alexandre Cunha, o ChatGPT tem capacidade de sustentar uma conversa e fornecer texto inteligente e detalhado, podendo ser usado para facilitar a vida de profissionais, mas também contém seus riscos. "As capacidades vistas até agora são inúmeras: desde escrever linhas de código, redigir um artigo de nível universitário, encontrar bugs no código e explicá-los, por exemplo. É, sem dúvidas, uma tecnologia que vai revolucionar, principalmente, carreiras como a de programador e acelerar as entregas de projetos, uma vez que ela mostra rapidamente como resolver e prever problemas em questão de segundos. No entanto, ele também pode ser utilizado para fins criminosos como, por exemplo, fraudar documentos”, explica Cunha, que também é Cloud Architect e Hardcore Developer. 

Já o Delivery Manager da ZBRA, Gustavo Ayres, acredita que a ferramenta surpreende e tem capacidade de criar e corrigir códigos de programação em qualquer linguagem e em pouco tempo. "É uma ferramenta assombrosa pela profundidade das suas respostas. Ela não fica em um entendimento superficial das questões e é capaz de fazer interpretações jamais vista sendo feita por um computador", elenca Ayres. 

Após testar a ferramenta durante alguns dias, os especialistas elencam os benefícios e perigos do ChatGPT, confira: 

Benefícios

1. Hiper-automação de tarefas relacionadas a processamento de informação e geração de conteúdo em cima dessa base de conhecimento, incluindo notícias, estudos, etc. "É possível especializar ainda mais um modelo de inteligência artificial para determinado assunto, gerando textos e artigos baseado numa gama imensa de informação em questão de segundos, automatizando assim redações de produtoras de conteúdo jornalístico, por exemplo", explica Ayres. 

2. Aumento significativo de produtividade na produção de novos softwares com ganho de escala que irá acelerar a transformação digital de indústrias que ainda engatinham nessa área como agricultura, artes & entretenimento, saúde e construção. "Com um bom entendimento do negócio e sabendo interpretar isso em texto de forma natural, as pessoas poderão gerar código de maneira muito mais rápida, cabendo ao desenvolvedor focar muito mais na validação das saídas desse código do que no algoritmo em si", pontua. 

3. Explosão no acesso à informações através de novas ferramentas de busca muito mais eficientes onde a pergunta interativa realizada por meio de um "agente inteligente" permite ao usuário acesso a um novo universo de dados que antes só era acessível a uma parcela limitada. "As grandes empresas de busca já estão olhando para isso e, em breve, poderemos ter essas ferramentas associadas a aparelhos de automação como Alexa ou Google Home", finaliza o Delivery Manager da ZBRA. 
 

Riscos

1. A IA já demonstrou a capacidade de criar código complexo e escrever ensaios de nível universitário, levantando preocupações de que a tecnologia possa substituir colaboradores humanos como jornalistas ou programadores. "Essa é a primeira vez que uma ferramenta desse tipo demonstra 'entender' assuntos complexos e consegue discorrer sobre eles além de resolver problemas, muitas vezes melhor do que pessoas com anos de experiência", diz Cunha. 

2. Pode ser usado por alunos para produzir trabalhos falsos, até mesmo artigos densos, ou geração de conteúdo massivo com incentivos monetários para disseminação de fake news. "O modelo atual de ensino focado em trabalhos feitos em casa vai sofrer uma forte pressão, pois não será mais possível identificar textos não-autorais, principalmente para trabalhos onde o principal objetivo é entendimento de texto e análise crítica", alerta. 

3. O interesse público no novo chatbot de IA também preocupa, pois ele pode ser usado por pessoas mal intencionadas que pedem que ele explique algo como projetar uma arma ou montar um explosivo caseiro. "Como o bot consome todo tipo de conteúdo, ele é capaz de rapidamente juntar estudos e informações técnicas de áreas diferentes de forma eficiente para um determinado propósito. Por exemplo, como construir uma bomba atômica", conclui Alexandre Cunha.

Autor: Zbra